terça-feira, 23 de outubro de 2012

ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS: ISSO É SEGURO?




Os planos são vendidos como proteção veicular livremente pela internet ou por corretores, e funcionam como uma cooperativa. As empresas são legalizadas, têm CNPJ, mas não são regulamentadas pela Susep, o órgão do Governo Federal responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros e previdência.
“Isso não é garantia. Isso não é regulamentado. E nós vamos ter que contar com a sorte. Ninguém tem segurança com isso. É uma grande balela dizer que isso é seguro. Isto não é seguro”, afirma Vianna.
Segundo a Susep, mais de um milhão de carros teriam a tal proteção veicular. Quem adere ao plano vira cooperado e paga mensalidades. Em tese, o valor arrecadado seria usado para ressarcir donos de carros roubados ou acidentados. Na prática, não é bem assim.
O maior número de vítimas é de Minas Gerais, onde tudo começou, na cidade de Contagem. Enquanto em um seguro tradicional o prazo para o pagamento é de 30 a 60 dias, nestas cooperativas a espera pode ser muito maior.
Seguradora só pode ter a forma jurídica da Sociedade Anônima, SA. Então qualquer empresa que se coloque como associação, ajuda mútua, benefícios, a maioria desses casos são casos de operação fraudulenta”, explica André Belém, coordenador da SUSEP-RJ.
“Você pode ficar três, cinco anos na justiça tentando este ressarcimento. Não tem qualquer garantia que você vai receber o dinheiro em qualquer período”, afirma o coordenador.
Ainda segundo a Susep, as empresas que vendem proteção veicular podem estar cometendo crimes contra a economia popular e o sistema financeiro, além de evasão fiscal e falsidade ideológica.
Para obter mais informações, entre em contato comigo.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Divórcio : Tem seguro?

No Brasil ainda, não. Mas nos Estados Unidos, sim. Não se trata de um certificado de garantia de que o casal viverá feliz para sempre até que a morte os separe. Longe disso, até porque sentimentos e relacionamentos amorosos não são eletrodomésticos que vêm com garantia contra defeitos de fabricação por um ano, podendo ser estendida por mais tempo. Este é um novo tipo de seguro de acidentes, disponível no mercado dos EUA, para quem está preocupado em integrar as estatísticas do número crescente de divórcios. A criação do produto é de uma seguradora norte-americana, da Carolina do Norte, a partir da experiência pessoal do seu proprietário, John A. Logan, que sofreu um tremendo rombo financeiro quando se separou de sua mulher. Vejamos como funciona. O seguro divórcio tem a finalidade de indenizar as despesas de um divórcio com custas judiciais, honorários de advogado ou arrumar uma nova casa ou apartamento. O seguro custa US$ 15,99 por mês para cada US$ 1.250 de cobertura, o que corresponderia a uma unidade. A seguradora de Logan dá o seguinte exemplo: quem compra 10 unidades tem a cobertura inicial de US$ 12.500. Após o quarto ano de contratação contínua, a empresa acrescenta US$ 250 em cobertura para cada unidade, a cada ano. Para evitar que as pessoas contratem o seguro apenas às vésperas do divórcio, a seguradora fixou um prazo de quatro anos de carência para o resgate da cobertura contratada. Se quem fez o seguro comprou 10 unidades e divorciou-se depois de 10 anos teria pago US$ 19.188 e recebido indenização de US$ 27.500. Esta quantia, evidentemente, não compensa o estresse de uma separação ou divórcio, dois dos eventos mais dolorosos que se pode passar na vida. Além do desgaste emocional, quem já viveu as experiências afirma: casar custa caro e separar, mais ainda. E quando o dinheiro entra em discussão, os riscos são maiores e poderia ser cômodo transferi-los para uma apólice de seguro. Atenta à possibilidade do agravamento dos riscos, como, por exemplo, pessoas com relacionamentos afetivos voláteis ou com histórico familiar de divórcios seguidos, a seguradora norte-americana adota uma política de avaliação de riscos e de cálculos atuariais. Decidir pela contratação de um seguro divórcio antes do casamento ou na fase em que o casal vive o período de encantamento pode até gerar uma crise pré-matrimonial, movida pela instalação de um clima de desconfiança mútua, segundo especialistas no assunto. Para ajudar as pessoas a saberem se elas realmente precisam comprar o seguro, a empresa que lançou o produto nos EUA tem uma “Calculadora de custos do divórcio” e uma “Calculadora de probabilidade de divórcio” em seu site. A criatividade de Logan foi precedida por uma iniciativa inédita surgida na capital britânica, que ganhou espaço na mídia mundial, no fim de 2009. Um escritório de advogados, em Londres, lançou o “vale divórcio” como opção de presente de Natal. Por 125 libras (cerca de R$ 360,00, na época), a pessoa presenteada com o cupom tinha direito a uma consulta de meia hora com um advogado especializado em divórcios, noticiou a BBC. A novidade teria feito sucesso.